Fala a verdade: você já se pegou pensando se está “atrasado” na vida? O tempo inteiro aparecem padrões dizendo qual é a hora certa para casar, ter filhos, comprar uma casa ou até pendurar as chuteiras do trabalho. Mas será que essa lógica ainda faz sentido em 2025?
Nos Estados Unidos, onde muitos brasileiros estão de olho para morar, trabalhar ou investir, essas decisões de vida estão mudando. E entender a visão dos americanos sobre esses marcos pode ser útil não só para entender a cultura, mas também para planejar melhor sua própria trajetória.
Neste artigo, você vai ver o que dizem os dados mais recentes e o que isso pode ensinar sobre planejamento financeiro, pressão social e expectativas de vida em tempos de crise econômica, mudança de valores e custos altíssimos.
O que pensam os americanos sobre os marcos da vida?
Uma pesquisa feita com 3.600 adultos nos Estados Unidos perguntou qual seria a melhor idade para quatro grandes marcos da vida: casar, ter filhos, comprar um imóvel e se aposentar. A maioria disse que não existe idade certa para nada disso. Ainda assim, muitos arriscaram uma média.
Esses números mostram como os valores mudaram e como a vida adulta está sendo renegociada, passo a passo. Veja o resumo:
- Melhor idade para casar: 26,5 anos
- Melhor idade para ter filhos: 27,3 anos
- Melhor idade para comprar uma casa: 28,8 anos
- Melhor idade para se aposentar: 61,8 anos
A seguir, vamos detalhar cada um desses marcos com base na visão dos americanos.
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Casamento: cada vez mais opcional
Casar já foi sinônimo de começo da vida adulta. Hoje, nos Estados Unidos, esse marco virou opção e não regra.
Metade dos entrevistados acredita que não há uma idade ideal para o casamento. Entre os que opinaram, 23% disseram que o melhor momento seria entre 25 e 29 anos. Poucos acham que o ideal é casar antes dos 24 ou depois dos 34.
A estatística acompanha esse pensamento: em 2021, 25% dos americanos com 40 anos nunca haviam se casado. Um recorde histórico.
Por que isso está acontecendo?
- Aumento do custo de vida
- Maior valor atribuído à independência
- Prioridade para carreira e estabilidade
- Redefinição dos modelos familiares
Em resumo, o casamento continua importante para muita gente, mas deixou de ser um ponto de partida. Para muitos, ele é parte de um processo mais amplo que envolve outras conquistas.
Ter filhos: entre o desejo e a realidade
A idade média apontada na pesquisa foi de 27,3 anos. E o dado bate com a realidade: as mulheres americanas estão tendo seu primeiro filho, em média, aos 27,4 anos.
Mas 40% das pessoas entrevistadas disseram que não existe uma idade certa para isso. E o dado que chama atenção: quase metade dos adultos sem filhos, com menos de 50 anos, disseram que provavelmente não terão filhos no futuro.
O que está por trás disso?
- Custo para criar uma criança é muito alto
- Dificuldade de acesso à moradia
- Falta de políticas de apoio à maternidade e paternidade
- Mudança nos desejos e prioridades
A visão dos americanos sobre a parentalidade também inclui liberdade para não ter filhos. Isso ganhou espaço com mais representação e menos julgamento.
Comprar um imóvel: um sonho adiado (ou repensado)
A idade média sugerida é de 28,8 anos. Mas, na prática, o americano compra seu primeiro imóvel aos 38. Um delay de quase 10 anos.
Mais uma vez, metade dos entrevistados disse que não existe idade certa. E isso tem explicação:
- Preço das casas disparou
- Juros altos dificultam financiamento
- Aumento no número de investidores imobiliários
- Jovens com menos acesso a crédito e renda estável
Dados que ajudam a entender
- Em 2023, o valor médio de entrada exigido para um financiamento foi de US$ 31 mil
- 62% dos adultos entre 18 e 34 anos vivem de aluguel
- Famílias estão buscando ajuda dos pais para comprar casa
Comprar uma casa nos Estados Unidos exige tempo, economia e apoio. Por causa disso, muita gente passou a inverter os marcos: tem filhos antes de comprar casa, casa antes de ter estabilidade ou simplesmente pula algumas dessas etapas.
Aposentadoria: um plano cada vez mais flexível
A média apontada foi de 61,8 anos. Um pouco antes do que a idade legal para acesso integral ao Social Security, que varia entre 65 e 67 anos. Mesmo com esse dado, 19% dos americanos com mais de 65 anos estavam trabalhando em 2023.
Por que não estão se aposentando antes?
- Preços altos e renda insuficiente
- Dificuldade para manter o padrão de vida com aposentadoria
- Desejo de se manter ativo
- Planos de aposentadoria enfraquecidos
A visão dos americanos sobre esse marco mudou porque as condições mudaram. Trabalhar depois dos 65 deixou de ser exceção.
Saiba mais: Desafios de morar nos EUA que ninguém te conta
O que influencia essas escolhas?
A visão dos americanos sobre marcos da vida é influenciada por quatro fatores principais:
- Idade: pessoas mais jovens pensam em se aposentar cedo e casar mais tarde. Idosos preferem o oposto.
- Renda: quem tem renda mais alta posterga os marcos. Quem tem renda mais baixa realiza antes.
- Religião: quanto mais importante a religião, mais cedo os marcos são buscados.
- Partido político: democratas tendem a esperar mais. Republicanos preferem marcos mais cedo.
Essa diversidade mostra que não existe uma resposta única. A visão dos americanos é diferente em cada contexto, valores e condições econômicas.
E o papel da família?
Com a dificuldade de atingir esses marcos sozinho, muitos americanos estão recorrendo ao apoio dos pais e avós. Isso pode acontecer de várias formas:
- Empréstimos familiares (com juros baixos e sem burocracia)
- Doações planejadas (respeitando limites legais para não pagar imposto)
- Hipotecas (pais entram como co-signatários)
Esse tipo de apoio pode antecipar realizações como compra da casa ou formação de poupança. Mas exige planejamento para não comprometer a aposentadoria dos pais.
Planejamento financeiro conjugal
Quem casa também junta despesas. Por isso, a forma como o casal administra o dinheiro pode afetar todos os outros marcos.
Algumas perguntas importantes são:
- Ter conta conjunta ou separada?
- Dividir tudo ou definir quem paga o quê?
- Como lidar com imprevistos?
- Terão um fundo comum de emergência?
- Qual a prioridade: filhos, casa ou poupança para aposentadoria?
Transparência e acordo entre as partes é o que evita que a relação entre em colapso por causa de dinheiro.
Por que isso importa para quem quer morar nos EUA?
Se você está pensando em imigrar, entender a visão dos americanos sobre esses marcos ajuda a alinhar expectativa com realidade.
- A cultura americana valoriza autonomia e planejamento
- Ter uma casa é desejado, mas nem sempre viável no início
- Filhos demandam estrutura, principalmente financeira
- Casamento não é exigido nem visto como prioridade
- Aposentadoria depende de contribuições consistentes
Ao planejar sua vida nos EUA, é importante entender que você não precisa fazer tudo na mesma ordem ou da mesma forma. Mas precisa fazer com coerência.
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Conclusão
A visão dos americanos sobre os marcos da vida mostra que a ordem dos fatores não é mais fixa. Casar, ter filhos, comprar uma casa ou se aposentar não são eventos obrigatórios, nem têm prazo de validade.
O que existe é a necessidade de fazer sentido para você. E, para isso, vale planejar com base na sua real condição e no país em que você quer viver. Não é sobre fazer tudo, é sobre fazer com consciência.
Se os Estados Unidos fazem parte do seu plano, comece com o pé direito: fale com quem entende. Fale com a Morar-EUA.