Viajar para os Estados Unidos exige mais do que ter um visto aprovado. Antes mesmo de sair do aeroporto, você precisa passar por uma entrevista com os agentes da CBP (Customs and Border Protection). É nesse momento que muita gente trava, se enrola ou até se desespera. Mas isso não precisa acontecer com você.
Neste artigo, você vai entender quais são as perguntas mais comuns na imigração dos EUA, por que elas são feitas, como respondê-las sem tropeçar e o que fazer caso seja encaminhado para uma inspeção mais detalhada.
Também vamos falar sobre os diferentes perfis de viajantes — turista, estudante, residente, profissional com visto de trabalho ou refugiado — e como cada um deve se preparar.
Por que os agentes fazem perguntas na imigração dos EUA?
Toda pessoa que entra nos Estados Unidos, seja pela primeira vez ou não, passa por uma triagem feita por agentes da imigração. Esses profissionais têm o papel de proteger o país, verificar se você está autorizado a entrar e avaliar se existe algum risco no seu perfil.
As perguntas servem para checar sua identidade, intenção de viagem, vínculos com o país de origem e coerência com o tipo de visto. Elas não seguem um script único, mas há um padrão. E entender esse padrão te dá mais segurança.
A entrevista pode durar poucos minutos ou se estender, dependendo da clareza das suas respostas. Em alguns casos, pode haver a necessidade de uma inspeção secundária, com checagem de documentos e pertences.
O que esperar da entrevista na imigração?
Na prática, a entrevista começa assim que você entrega seu passaporte. O agente pode te chamar pelo nome, conferir seu rosto com a foto e fazer perguntas simples como:
- Qual o motivo da viagem?
- Quanto tempo pretende ficar?
- Onde vai se hospedar?
Essas perguntas são comuns a todos os viajantes, independentemente do tipo de visto. Mas a entrevista se aprofunda conforme o seu perfil.
Perguntas na imigração dos EUA para todos os viajantes
Independentemente do seu status migratório, essas perguntas aparecem com frequência:
Onde você mora?
Diga sua cidade, país e, se pedirem, o endereço completo. É uma verificação básica de identidade e residência.
Qual o motivo da sua viagem?
Seja direto. Você pode responder: turismo, estudo, retorno para casa, trabalho temporário ou reunião familiar. Não invente ou misture informações.
Está viajando sozinho?
Se estiver em grupo, as informações precisam estar alinhadas. Incoerência entre respostas pode gerar desconfiança.
Quanto tempo vai ficar nos EUA?
Tenha datas claras. Dizer “alguns meses” sem comprovação pode causar problemas.
Onde vai ficar hospedado?
Tenha o endereço. Pode ser hotel, casa de amigos, Airbnb. Se não souber responder, o agente pode desconfiar.
Quem você vai visitar?
Nome, relação com a pessoa e cidade onde ela mora. Se for um conhecido recente, explique como se conheceram.
Já foi preso ou teve problemas com a justiça?
Essa pergunta vale para todos, inclusive turistas. Se houver antecedente criminal, a entrada pode ser negada.
Está trazendo produtos que precisam ser declarados?
Dinheiro em espécie acima de 10 mil dólares, alimentos, eletrônicos, bebidas alcoólicas, tabaco. Melhor declarar do que ser pego omitindo.
Leva alimentos, plantas ou itens de origem animal?
Se sim, declare. Isso evita multas e retira dúvidas sobre riscos sanitários.
Essas perguntas servem como triagem. O agente cruza suas respostas com o que está no sistema e decide se você segue em frente ou será direcionado para uma inspeção mais detalhada.
Para quem tem Green Card
Se você é residente permanente nos EUA, precisa provar que mantém vínculos com o país. A ausência prolongada, por exemplo, pode levantar dúvidas.
As perguntas mais comuns são:
- Por quanto tempo ficou fora dos EUA?
- Qual foi o motivo da sua viagem?
- Você trouxe seu Green Card?
- Onde é sua residência nos EUA?
- Trabalhou fora do país nesse período?
Ficar mais de seis meses fora pode levantar suspeitas de abandono de residência. Se passou mais de um ano, é essencial ter autorização prévia (reentry permit).
Além das respostas, é importante apresentar provas como contrato de aluguel nos EUA, contas em seu nome, vínculos empregatícios ou escolares e documentos fiscais.
Leia mais: Cota de viagem: Quais as regras para quem tem o Green Card?
Para estudantes internacionais (F-1, M-1 e J-1)
Quem viaja com visto de estudante precisa estar com tudo em ordem: matrícula ativa, documentos assinados e pagamento de taxas.
As perguntas mais comuns são:
- Qual é a sua escola ou universidade?
- Qual é seu curso ou área de estudo?
- Pode mostrar o Formulário I-20 assinado?
- Você já pagou a taxa SEVIS?
- Está voltando para retomar as aulas?
Tenha os seguintes documentos à mão:
- Passaporte com visto
- Formulário I-20 assinado pelo DSO
- Comprovante de matrícula
- Cronograma de aulas
- Recibo do SEVIS
Se estiver de férias, leve um comprovante de que está regularmente matriculado e que voltará a estudar na data prevista.
Para quem tem visto de trabalho
Com um visto de trabalho, você precisa provar que está entrando para cumprir as condições previstas no contrato.
Algumas das perguntas mais comuns são:
- Quem é seu empregador nos EUA?
- Qual é seu cargo?
- O que você vai fazer na empresa?
- Onde será seu local de trabalho?
- Qual a duração do seu contrato?
- Pode mostrar a petição aprovada (Formulário I-797)?
Leve cópias dos seguintes documentos:
- Carta do empregador
- Formulário I-797
- Contrato de trabalho
- Endereço da empresa ou cliente onde vai atuar
Se o contrato for com consultoria, explique onde vai trabalhar e como será supervisionado.
Para turistas (B-2) e viajantes de negócios (B-1)
Esse é o perfil mais comum de entrada nos EUA. Justamente por isso, também é o mais monitorado. O risco de uso indevido do visto é alto, então os agentes vão querer ter certeza de que você não pretende estudar, trabalhar ou permanecer além do permitido.
As perguntas incluem:
- O que pretende fazer nos EUA?
- Quanto tempo vai ficar?
- Tem passagem de volta?
- Onde trabalha no Brasil?
- Como vai pagar a viagem?
- Tem reserva de hotel ou convite de hospedagem?
- Já esteve nos EUA antes? Quanto tempo ficou?
Traga documentos que provem vínculos com o Brasil:
- Holerite
- Declaração da empresa
- Extrato bancário
- Comprovante de residência
- Passagem de retorno
O que acontece na inspeção secundária?
A inspeção secundária é um procedimento comum quando:
- O agente encontra alguma incoerência
- Há dúvidas sobre sua intenção
- Seus documentos precisam ser verificados com mais detalhes
- Seu nome aparece em listas de alerta
Nessa etapa, você será levado para uma sala, onde vai esperar ser chamado. O tempo de espera varia. O agente pode fazer novas perguntas, checar documentos, revistar sua bagagem e até pedir acesso ao seu celular.
O que fazer?
- Não apague arquivos do celular. Isso pode levantar suspeita.
- Responda com calma. Evite respostas longas demais.
- Tenha tudo impresso: carta de empregador, reservas, I-20, contratos.
- Evite mentir ou omitir. Se houver algo importante, conte.
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Leia mais: Conheça seus direitos como imigrante nos EUA: tudo o que você precisa saber
Conclusão
Responder bem às perguntas na imigração dos EUA é parte da viagem. Ignorar essa etapa pode colocar tudo a perder. Não se trata de decorar respostas, mas de entender o que está em jogo e se preparar com antecedência.
Cada tipo de visto exige um cuidado específico. Ter os documentos certos, saber como apresentar suas informações e entender o que o agente está buscando é o que vai garantir que você entre com tranquilidade.
Se você está em processo de imigração, ou mesmo planejando uma mudança, conte com quem entende. A Morar-EUA é referência no assunto e pode ser a diferença entre um processo tranquilo e um retorno inesperado.